Existem situações na vida em que as exigências a nível intelectual são muito grandes, como na altura dos exames. Saiba do que o seu corpo precisa nestes dias, e descubra como a alimentação pode ajudar a ter bons resultados.
Ao contrário dos músculos, que para se movimentarem podem receber energia proveniente dos hidratos de carbono (glucose), das gorduras e até das proteínas, o cérebro "funciona" exclusivamente com um combustível- a glucose.
A primeira condição é que a alimentação forneça a quantidade adequada de energia, de forma regular. Para isso, é importante fazer várias refeições por dia (espaçadas no máximo em 2,5-3 horas), de pequeno volume, para não sobrecarregar o estômago, impedindo que surja um estado de sonolência, mas que por outro lado, lhe permitam manter o poder de concentração e atenção.
A segunda condição é que seja rica em hidratos de carbono de absorção lenta, também conhecidos como açúcares lentos ou amidos. Estes alimentos devem contribuir com cerca de 55 a 60% do total das calorias ingeridas diariamente. Falamos dos cereais e derivados (pão, arroz, milho, cereais de pequeno almoço prontos a consumir, massas, entre outros), das leguminosas (feijão, grão, ervilhas, lentilhas, favas), da batata e da frutas e legumes (em menor quantidade).
Ao ingerir alimentos deste grupo a todas as refeições, garante que será posta em circulação, de forma contínua, a glucose necessária para o seu cérebro.
Para além da riqueza destes alimentos em glucose, eles são grandes fornecedores de vitaminas do complexo B, que estão implicadas nos processos de obtenção de energia dos alimentos.
Fala-se muito da importância de uma ingestão elevada de fósforo, para um incremento do rendimento físico e intelectual, mas não está provado que, ao aumentar a dose de fósforo através de suplementos e medicamentos com fósforo, o rendimento melhore.
É verdade que uma carência grave de fósforo, pode levar a estados de fadiga muscular e intelectual, mas este tipo de carência dificilmente ocorrerá numa alimentação minimamente equilibrada, dada a existência deste mineral em muitos alimentos de uso comum.
Além do mais, a assimilação do fósforo está intimamente ligada à do cálcio, e se houver um excesso de fósforo a absorção do cálcio será prejudicada, e vice-versa. Deve procurar obter um equilíbrio entre estes dois minerais, e as melhores fontes alimentares são os lacticínios (iogurtes, queijo e leite) porque apresentam estes dois minerais de forma equilibrada.
Outros alimentos ricos em fósforo são o peixe, a carne, os frutos secos, os cereais integrais e o cacau.
Fica uma sugestão para um dia típico de estudo, com considerações gerais sobre o tipo de alimentos que pode escolher.
Imagine que começa a estudar logo pela manhã:
Um pequeno-almoço saudável e energético é fundamental. Beba leite meio gordo com cereais integrais e frutos secos (tipo Muesli) ou então faça a refeição tradicional: beba leite e coma 1 pãozinho de mistura com queijo e fiambre ou com compota de fruta.
A meio da manhã deve comer novamente, e dependendo do intervalo entre a almoço e o pequeno-almoço, coma 1 iogurte e 1 peça de fruta, ou algumas bolachas de aveia e 1 iogurte natural.
Ao almoço e jantar deve haver sempre sopa de legumes, carne ou peixe, acompanhados de arroz, ou massa, ou batatas cozidas, ou leguminosas e salada crua/legumes cozidos. No final, uma peça de fruta ou 1 iogurte magro, se não estiver muito cheia.
Se o intervalo entre o almoço e o jantar for muito grande, poderá ter necessidade de fazer 1 ou 2 lanches, que podem ser semelhantes ao pequeno almoço.
Às vezes, “perder” algum tempo de estudo revela-se uma excelente forma de encarar os livros com maior disposição. Assim, faça algumas pausas, descontraia, estique-se, dê um passeio a pé ou aproveite mesmo para ir ao ginásio.
Nut. Florbela Mendes
Lisboa - Portugal
Site: www.florbelamendes.net
www.querosermagra.com
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